Fluminense promove aulão sobre Cartola e Chico Guanabara na Mangueira

A ação, em conjunto com o Museu do Samba, contou com a presença do ídolo tricolor Marcão e teve sorteio de brindes

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O Fluminense promoveu, na noite desta segunda-feira (16/10), em ação conjunta com o Museu do Samba, um aulão sobre as histórias de vida de Chico Guanabara e Cartola, ambos tricolores ilustres e ícones da cultura popular.

A ação faz parte do projeto Samba Educa e ocorreu no pré-vestibular Dona Zica, do Museu do Samba, localizado na comunidade da Mangueira, para mais de 60 jovens alunos. Nilcemar Nogueira, coordenadora e curadora do Museu do Samba e neta de Cartola, falou sobre o projeto.

“O pré-vestibular social Dona Zica leva não apenas a questão do conhecimento escolar, como matemática, física, química... Também trabalhamos identidade, ancestralidade, para saber de onde viemos, como estamos e para onde queremos ir”, explicou Nilcemar.

“A cada turma que se fecha, nós vemos os alunos voltando aqui para dar depoimentos sobre o processo de sua aprovação e sempre falam como, além das matérias de fato, o mais importante que aprenderam foi a questão de pertencimento, identidade, e que isso fez toda a diferença para eles se verem como indivíduos”, completou.

O aulão foi ministrado por Dhaniel Cohen, coordenador do Flu-Memória, e Leandro Carvalho, professor de história e sociologia, além dos convidados especiais Marcão, membro da comissão técnica do futebol profissional e ídolo do clube, e Layla Silva, também professora de história, moradora da Mangueira e tricolor.

Primeiramente houve a exibição do vídeo oficial da campanha de lançamento da nova terceira camisa do Fluminense, em homenagem ao Cartola, e depois foi exibido o quarto episódio da websérie “Herdeiros de Chico Guanabara”, produção original da FluTV, com o tema “Cultura Popular”. Em seguida, começou a palestra que, além de falar sobre Cartola e Chico Guanabara, abordou tópicos como a cultura popular brasileira, a história do futebol, a cultura de torcida no Rio de Janeiro e, sobretudo, a verdadeira história do Fluminense, desmistificando crenças perpetuadas no futebol como a fake news que associa o pó de arroz ao racismo.

A tricolor Angela Carvalho comentou sobre a importância de ações como essa para o clube e para a sociedade.

“É muito importante esse processo que o Fluminense vem fazendo de discutir principalmente, as opressões na sociedade que a gente vive e as adversidades de nosso país. É fundamental para que a gente se veja representado não só na arquibancada, quando olhamos para nossos pares, nossos amigos, mas também por ver o clube fazendo trabalhos de conscientização para a torcida e a sociedade como um todo”, disse Angela.

“Trabalhos em conjunto com projetos sociais, como esse aqui, são de fundamental importância para conseguirmos avançar na conscientização dos jovens em prol de um mundo mais justo e igualitário”, completou.

Após a palestra, entre os alunos presentes, foram sorteados livros oficiais do clube e uma camisa, o novo terceiro uniforme do Fluminense, lançado na última semana em homenagem ao Cartola.