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Inaugurado em 18 de novembro de 1920, o histórico prédio da sede de Laranjeiras completa seu centenário nesta quarta-feira (18). Conhecido como principal fonte histórica da torcida tricolor, o prédio principal da Rua Álvaro Chaves conta com opções de entretenimento para o público.
Assim como o edifício, o campo começou a ser construído em 1918, após a indicação do Brasil como país-sede do Sul-Americano de Seleções. A princípio, como responsabilidade do Governo, as obras acabaram sendo financiadas pelo próprio Fluminense, à época presidido por Arnaldo Guinle. Curiosamente, o palacete de três andares custou aos cofres tricolores o dobro do próprio campo.
Acervo de grandes histórias do clube e do futebol brasileiro, o prédio de Laranjeiras já recebeu grandes eventos desde a reunião que iniciou a profissionalização do futebol carioca aos festejos de títulos. Além disso, especialmente no Salão Nobre Arnaldo Guinle, dos belos vitrais franceses, sediou diversos acontecimentos culturais e políticos.
De acordo com Dhaniel Cohen, gerente do Flu-Memória, as realezas e presidentes passavam pelo local pela proximidade com o Palácio da Guanabara, localizado ao lado da sede tricolor.
“O prédio histórico do Fluminense, que na verdade é a sua quarta sede, que perdura até hoje, foi inaugurado um ano e meio depois do Estádio de Laranjeiras. Já naquela época, ele começou a ser um ambiente de grandes eventos no ramo cultural, artístico e musical do país. O Rio de Janeiro era o Distrito Federal, e o eixo do Poder Federal ficava muito próximo daqui. Não à toa, vários presidentes da época costumavam frequentar as Laranjeiras’’, contou Dhaniel Cohen, gerente do Flu-Memória.
Marcado por muitas festas também realizadas no Salão Nobre de Laranjeiras para exaltar as taças levantadas. Em 1952, o título mundial teve uma grande celebração na sede tricolor. Além desta, duas grandes comemorações entraram na história do clube e do torcedor. Em 7 de julho de 2007, um dia após o time ser campeão da Copa do Brasil, Laranjeiras foi invadida por uma multidão. Em maior proporção, em 11 de novembro de 2012, o tetracampeonato brasileiro trouxe ainda mais gente para a sede.
“O Salão Nobre foi revitalizado em 2011 e de uns anos pra cá tem virado palco de grandes shows. A Flu Fest começou lá. Antigamente, tinha a tradição do Baile de Gala e depois foi adaptada a festa de aniversário do Fluminense para a FluFest. A gente, mais recentemente, lançou um novo produto, a Flu Music, que já teve show da Maria Rita e do Raimundo Fagner”, acrescentou Dhaniel Cohen.
Tombada como patrimônio cultural do Rio de Janeiro desde 1998, a sede do Fluminense possui a sua importância no desenvolvimento do esporte e da sociedade brasileira, o que atraiu diversos nomes como Rodrigues Alves, Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas. Importantes personalidades internacionais, como Alberto I e Elizabeth, rei e rainha da Bélgica, assim como Akihito e Michiko, herdeiros do trono do Japão, também participaram de eventos e conheceram as instalações do clube. Jules Rimet, presidente da Fifa, conheceu a sede em 1949, e declarou o Fluminense como o maior clube do mundo.
Compondo a sede tricolor, o Fluminense aproveita seu tradicional prédio para convidar os torcedores e visitantes a conhecerem a história do clube em um tour rico e centenário da história do clube pela Sala de Troféus. Além do museu tricolor, o convidado pode passar para saborear o vasto cardápio do restaurante Dom Hélio, que será inaugurado nesta quinta-feira (19).
A Sala de Troféus funciona de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h30); e sábados, domingos e feriados, de 9h às 16h (com encerramento da bilheteria às 15h30). O valor da FluTour é de R$ 30 com guia do clube e acesso à Sala de Troféus, Salão Arnaldo Guinle (Salão Nobre), Estádio Presidente Manoel Schwartz, vestiário, gramado e Sala de Imprensa Nelson Rodrigues. Com a opção de visita somente à Sala de Troféus, sem guia do clube, o valor é de R$ 20. A entrada é gratuita para sócios, crianças de até 5 anos e portadores de necessidades especiais.
Texto: Flu-MemóriaFotos: Nelson Peres/Mailson Santana