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De um ainda desconhecido, mas promissor jogador, a campeão olímpico. Assim foi a meteórica trajetória de Nino desde sua chegada ao Fluminense, há exatos três anos. Daquele 24 de março de 2019 para cá, o camisa 33 se consolidou como peça fundamental para elenco e cativou a torcida, conquistando, com suas exibições e dedicação, muito carinho e respeito. Quando olha para trás, Nino percebe que todo esforço valeu a pena.

"É muito especial. Eu lembro dos objetivos que tinha quando cheguei aqui, de poder entrar em campo pelo menos uma vez e ganhar meu espaço no grupo, mesmo que fosse de maneira devagar. Hoje, vejo que estou há três anos jogando, com uma quantidade boa de jogos, boas atuações e gols, podendo ajudar meu time, com tantos companheiros que já passaram por aqui. É gratificante ver tudo o que eu tenho vivido no Fluminense e perceber que meu carinho pela instituição e pelas pessoas só cresce. Estou muito feliz".

Ao longo desses três anos, Nino entrou em campo 146 vezes e marcou nove gols pelo Fluminense. Neste período, o jogador criou laços com o clube que serão eternos.

"Profissionalmente, o Fluminense representa uma virada na minha vida, uma ascensão que eu não tenho como explicar. Hoje, saio na rua e as pessoas falam: ‘olha o Nino, do Fluminense’. Foi o clube que me mostrou para o Brasil e que eu vou carregar para sempre dentro de mim. Pessoalmente, o Fluminense é a minha casa. Depois que eu voltei das Olimpíadas, o presidente colocou uma foto minha lá na Sala de Troféus e disse para mim: ‘olha, a partir de hoje, você está na história. Todo mundo que vier aqui, vai ver sua foto'. O que eu falei para ele e repito, sem dúvida alguma, é que, da mesma maneira que eu estarei para sempre lá, o Fluminense estará para sempre comigo, por tudo o que me tem proporcionado, inclusive o ouro olímpico. Sem o Fluminense, eu não teria conseguido. Então, por tudo isso, o Fluminense é a minha casa".

Nino chega a três anos defendendo as cores do Fluminense com o mesmo número de jogos de um ídolo pessoal e do clube. Thiago Silva, a quem o defensor tricolor sempre faz questão de reverenciar, é alguém em quem o camisa 33 se espelha. Curiosamente, os dois somam 146 jogos e 61 vitórias.

"Eu vi lá os dados e fiquei muito feliz. É claro que ele não tem comparação. Acho até uma injustiça. Mas ter o mesmo número de jogos, de vitórias e, se eu não me engano, a mesma idade… Ambos chegamos aos 24 anos a essa marca. Então, eu fico muito feliz de ter alcançado esse número expressivo. Quero fazer muitos outros jogos pelo Fluminense e espero estar sempre ajudando dentro de campo".

Thiago Silva, aliás, será homenageado nesta sexta-feira e terá a marca de seus pés eternizada na calçada da fama do Maracanã. Para Nino, um reconhecimento de tudo o que o Monstro construiu ao longo de sua vitoriosa carreira.

"Muito merecido. Sem dúvida alguma, é um dos maiores zagueiros da nossa história, da história do futebol brasileiro. Merece todas as homenagens. É um cara que eu admiro muito e em quem estou sempre tentando me espelhar".

Enquanto recorda com carinho o passado e celebra seus ídolos, Nino não se furta de olhar para frente. Entre os objetivos do jogador está consolidar seu nome na história do clube, o quer fazer conquistando títulos. Por isso, fez questão de ressaltar a importância de encarar o clássico de domingo, contra o Botafogo, no Maracanã, como mais uma decisão. Após vencer o jogo de ida por 1 a 0, o Tricolor poderá até perder pela diferença mínima que avançará para enfrentar o Flamengo na final do Campeonato Carioca. Nino, no entanto, não quer saber de administrar a vantagem conquistada.

"É de fundamental importância chegar a mais uma final. Temos chegado nos últimos anos e queremos buscar esse título. É mais um clássico, jogo dificílimo. Temos uma pequena vantagem, mas sabemos que não podemos, de maneira alguma, nos acomodar. Estamos muito empenhados para fazer mais um grande jogo, em mais um clássico, para, se Deus quiser, conseguirmos mais uma vitória".

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Lucas Merçon e Mailson Santana/FFC