A família tricolor está de luto. Morreu na manhã desta quarta-feira (16/12), aos 59 anos, vítima da Covid-19, o ex-jogador Renê, campeão carioca pelo Fluminense em 1984 e 1985 e campeão brasileiro em 1984. Renê estava internado na UTI do hospital São Lucas, em Copacabana, desde a primeira semana de dezembro. O Fluminense decretou luto oficial de três dias e haverá um minuto de silêncio no jogo desta noite entre Fluminense e Atlético-GO. Até o momento, não há informações sobre o velório do ídolo tricolor.

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Devido à garra, qualidade técnica e versatilidade, Renê era uma espécie de reserva de luxo do time do Tri. Invariavelmente era escalado para os jogos e podia atuar como meia de ligação ou segundo volante. Tanto que foi justamente ele quem inicia a jogada e dá o passe para Aldo cruzar no mítico gol de Assis que sacramenta o bicampeonato carioca em 16 de dezembro de 1984. Conquista que, coincidentemente, completa 36 anos nesta quarta-feira. Renê disputou 137 jogos e marcou 15 gols com a camisa tricolor.



Com espírito guerreiro, comum do jogador gaúcho, Renê sempre alimentou o sonho de ser atleta profissional de futebol desde criança. Aos 15 anos foi aprovado nas divisões de base do Internacional e, em 1982, subiu para os profissionais. No ano seguinte ajudou o Colorado a ser campeão gaúcho. Ainda em 1983, foi convocado para a seleção olímpica que buscava vaga para os Jogos de Los Angeles.

As boas atuações pela seleção atraíram o interesse da diretoria do Fluminense à época. Em fevereiro de 1984, em meio ao Campeonato Brasileiro, o Fluminense anunciou a sua contratação. Renê era sempre a primeira opção do banco para as vagas de Deley ou Assis e esteve presente em campo como titular nas finais dos Campeonatos Cariocas de 1984 e 1985.

No início de 1987, Renê foi vendido para o Vitória de Guimarães, de Portugal, onde atuou por cinco temporadas. Retornou às Laranjeiras em 1992, mas devido a uma grave lesão nos ligamentos do joelho, não conseguiu desenvolver seu melhor futebol. Ainda prolongou a carreira por mais um ano, atuando pelo América, e encerrou sua carreira após o Campeonato Carioca de 1993.

Mesmo com as chuteiras penduradas, Renê continuou se dedicando ao futebol e adicionou o sobrenome Weber. Estudioso, fez faculdade de Educação Física, foi auxiliar técnico de Paulo Autuori em diversos clubes, treinador da seleção brasileira sub-20 em 2004 e 2005 e de equipes do Brasil e do exterior. Seu último trabalho foi na comissão técnica do Botafogo, sob comando de Autuori, de fevereiro e outubro deste ano.

Comunicação FFC