Maria Bruno e Fluminense é uma parceria de longa data. A atleta, de 32 anos, conheceu o nado artístico aos oito na sede do clube e ali permaneceu, chegou a categoria adulta, à Seleção Brasileira, aos Jogos Olímpicos e só deu uma pausa no esporte para viver algo que mudaria a sua vida, mas que não a tiraria do nado: o nascimento do filho Theo.

“A gravidez foi uma surpresa. Não foi planejada, mas foi algo muito feliz, o meu filho é uma fofura. É sempre uma grande mudança e um grande impacto na vida, porque a gente direciona tudo para cuidar daquele pequenininho. Mas, para mim, particularmente, essa transformação foi muito sobre prioridades. Aprendi sobre administrar o tempo, o que não conseguia tão bem antes. Tenho foco no que quero e sou disciplinada, assim faço o possível sempre dando meu 100%. Hoje, concilio a vida de atleta com a minha carreira na arquitetura e a maternidade. Conto com uma rede de apoio muito forte, o que facilita tudo”, disse Maria Bruno sobre o impacto da gravidez em seu dia a dia.

A atleta, que iniciou sua trajetória na natação, uniu os dois esportes por sete anos e concluiu a transição para o nado artístico após as primeiras convocações para a Seleção Brasileira. Maria Bruno defendeu o país de 2007 a 2021, incluindo nos Jogos Olímpicos Rio 2016. De lá para cá, disputou competições apenas pelo Fluminense e agora, após tornar-se mãe, voltará às piscinas no Pan-Americano de Medellin, na Colômbia.



“Esse retorno foi muito gradativo. A volta à natação foi bem impactante, senti muito no início, mas a gente tem uma memória muscular muito forte e consegui voltar ao ritmo com certa rapidez. A partir disso, comecei a focar no retorno ao nado e assim surgiu a conversa com a Jullia (Catharino) para formarmos um novo dueto. Foi tudo muito natural e gostoso”, contou Maria.

A movimentação da mãe na água, ainda sem treinos, ocorreu em janeiro, quatro meses após o nascimento de Theo. Já o retorno ao nado, após seis meses. Hoje, com nove meses completos, o pequenino já segue os passos da mãe e faz natação no Fluminense. O pai, Bernardo Gomes, também defende o Tricolor nas piscinas, como capitão da equipe de polo aquático.

“O Théo já faz natação, então a gente vive aqui e ele conhece todo mundo. É um bebê muito simpático e sai distribuindo sorrisos. Temos um carinho enorme pelo clube e pelos funcionários e sentimos reciprocidade. Aqui, na borda da piscina com as atletas e técnicas, é a mesma coisa. Além do carinho, sabemos que contamos com o apoio dessas pessoas, que inclusive ajudam com ele quando o trago nos treinos”.



Apaixonada pela maternidade, Maria ainda celebrou o primeiro Dia das Mães com o filho no colo.

“Este é o meu primeiro Dia das Mães após o nascimento. É muito simbólico e diferente pensar que agora eu sou a mãe. Nesse dia, que simboliza todo esse amor, eu sou o porto seguro de alguém. Sou muito feliz na minha maternidade. No início, fiquei assustada. Durante, sofri muito com enjoos. As dificuldades são normais e o sentimento é de um amor incalculável”, disse Maria Bruno.

Em um recado para todas as mães, Maria destacou a importância do autocuidado e das particularidades, mesmo com as necessidades do filho como prioridade.

“Viver a nossa própria vida não significa que a gente não é a melhor mãe que podemos ser. Sei que conciliar rotina de trabalho e filho não é muito fácil, mas quando a gente faz com amor tudo melhora. Somos mães, mas também somos várias outras coisas. E é um prazer ser mãe do Theo e atleta do Fluminense”.

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Mailson Santana/FFC

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