O gol olímpico é, possivelmente, a jogada mais difícil de ser concluída no futebol. A sua realização é tão complicada que Pelé, o Rei do Futebol, com seus mais de mil gols, teve apenas um em sua carreira. Neste domingo (22/11), Lucca, camisa 7 do Fluminense, entrou para lista vip, daqueles que transformaram um escanteio em gol direto, depois de marcar o seu – o 9ª na história do Flu -, dando início à virada do Tricolor sobre o Internacional, no Beira-Rio.

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Dos nove gols olímpicos do Flu, apenas um jogador marcou duas vezes, Dejan Petkovic. O América-RJ foi o time que mais sofreu gols do tipo em jogos contra o Fluminense, dois. O único marcado em competição internacional foi contra o Defensor (URU), pela Copa Sul-americana de 2018, em escanteio cobrado por Sornoza.

"Muito importante marcar na minha primeira partida como titular da equipe e retornar para o pelotão da frente do Campeonato Brasileiro, mas não imaginava, nunca, que fosse desse jeito, com um gol raro de se ver. Com apenas nove na grande história do clube. Fico muito feliz de ter entrado nessa lista com nomes como Telê, Caju, Pet... e também de ter sido um gol que contribuiu para a nossa vitória", disse o atacante Lucca.

Confira a lista dos nove gols olímpicos do Flu:

30 de abril de 1939 – Pedro Amorim (Fluminense 4×2 América)
17 de agosto de 1946 – Rodrigues Tatu (América 3×1 Fluminense)
27 de janeiro de 1955 – Telê Santana (Fluminense 3×3 Botafogo)
19 de novembro de 1975 – Paulo Cezar Caju (Cruzeiro 1×2 Fluminense)
07 de novembro de 2001 – Roger Flores (Palmeiras 2×6 Fluminense)
16 de julho de 2006 – Dejan Petkovic (Grêmio 4×4 Fluminense)
22 de julho de 2006 – Dejan Petkovic (Fluminense 2×2 São Caetano)
02 de agosto de 2018 – Júnior Sornoza (Fluminense 2×0 Defensor Sporting (URU))
22 de novembro de 2020 – Lucca (Internacional 1x2 Fluminense)


GOL OLÍMPICO

O primeiro gol olímpico, ou pelo menos o primeiro gol de escanteio que foi batizado dessa forma, aconteceu em Buenos Aires, no dia 02/10/1924, no jogo entre as seleções da Argentina e do Uruguai, que acabara de retornar dos Jogos Olímpicos de Paris, onde havia conquistado o ouro, mesmo motivo pelo qual é conhecida por "Celeste Olímpica" até hoje.

Na partida na capital portenha, o argentino Cesárco Onzari marcou um gol em um chute a partir do tiro de canto. Como uma provocação, os argentinos batizaram a jogada de "Gol Olímpico" após a vitória de 2x1.

Foto: Mailson Santana/FFC