A arrancada rumo ao título brasileiro Sub-17 marcou a campanha dos Moleques de Xerém. Maior campeão, o Fluminense passou dez jogos sem perder na edição de 2024 da principal competição de base do país. Foram mais de três meses invicto entre o revés na quarta rodada e a sexta-feira passada (01/11), quando, em sua primeira final desde a conquista de 2020 da Geração dos Sonhos, o Tricolor garantiu o bicampeonato ao vencer o Palmeiras por 2 a 0.
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Leia mais: Com dois gols em dois jogos, Wesley Natã foi algoz do Palmeiras no Brasileirão Sub-17Vice-líder do Grupo B, a molecada passou por outros grandes adversários neste período, como Internacional e Atlético-MG, na primeira fase, além de Flamengo e Santos, no mata-mata. Neste recorte, foram seis vitórias, quatro empates, 22 gols marcados e apenas nove sofridos. Ao todo, o time sofreu só duas derrotas em 14 jogos."É um campeonato muito disputado, então procuramos colocar os pés no chão. A união do grupo foi o fator principal. Não podemos ganhar de todo mundo só com talento, mas, sim, nos dedicando ao máximo. Foi assim que conseguimos engatar essa série de resultados positivos", explicou o zagueiro Breno.
A equipe comandada pelo técnico Felipe Canavan parou o Alviverde diante de cerca de 8,5 mil pessoas no Allianz Parque, em São Paulo (SP), com a linha de defesa que, como lembra Breno, passou a Copa Nike Sub-15 de 2022 sem ser vazada. O defensor aponta o que fez o Tricolor aplicar à equipe de melhor desempenho e que buscava o tri sua primeira derrota no torneio."Sem dúvida nenhuma, o comprometimento do grupo, que correu e se entregou por inteiro durante os 90 minutos. Todo mundo estava muito concentrado em um só objetivo. Graças a Deus, conseguimos não tomar gol", celebrou.
O 14º troféu das divisões de base do Time de Guerreiros em 2024 ganhou um significado especial para Breno. No Flu desde 2015, quando tinha oito anos, o carioca chegou a Xerém através do futsal e superou longo tempo de inatividade por lesão para entrar em ação na final que consumou a hegemonia dos Moleques de Xerém."É até difícil falar. Fiquei quase um ano e meio fora dos campos, mas, graças a Deus, as coisas acontecem no tempo certo. Na hora, não consegui acreditar. As pessoas vinham falar comigo e eu só conseguia chorar, porque, às vezes, nem eu acreditava em mim mesmo. Ser escalado como titular na decisão foi especial para mim e tornou esse título o mais marcante da minha vida até hoje. Não tenho palavras para descrever aquele momento", disse o Moleque de Xerém.
Conhecida pelos recordes de invencibilidade, a Esquadrilha 07 se sagrou campeã da Copa do Brasil Sub-17, em maio, sem ser batida. Foi a primeira geração de Moleques de Xerém a conquistar as duas competições organizadas pela CBF na categoria. Classificado como último finalista do Brasileirão deste ano, o Fluminense foi às eliminatórias em todas as seis edições da disputa, inaugurada em 2019.Texto: Comunicação/FFCFotos: Leonardo Brasil/FFC