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Como jogador, Telê Santana se despediu do Fluminense em 13 de dezembro de 1961. A passagem por Laranjeiras durou 11 anos e, além de importantes marcas, rendeu ao ídolo, em concurso popular, a alcunha de "Fio de Esperança", devido ao corpo franzino e poder de decidir jogos nos minutos finais.

Campeão carioca (1951 e 1959), mundial (1952) e do Torneio Rio-São Paulo (1957 e 1960), Telê soma 558 partidas e 163 gols pelo Tricolor, números que o colocam como 3º jogador que mais vestiu verde, branco e grená e 5º maior artilheiro do clube. Habilidoso, o craque ainda exerceu papéis táticos inéditos para o período, como o de falso ponta.

Em 1967, nas divisões de base do Flu, o mineiro deu os primeiros passos de sua bem-sucedida carreira de treinador. À beira do campo, comandou a Seleção em duas Copas do Mundo (1982 e 1986), por exemplo.

No ano em que assumiu o comando do elenco profissional do Fluminense, em 1969, Telê se tornou campeão carioca. Em seguida, montou a base da equipe que conquistaria os campeonatos brasileiro e carioca, respectivamente, em 1970 e 1971.

Tricolor, o Fio de Esperança comemorou em Laranjeiras o Centenário do Fluminense, apesar da saúde debilitada. Sua relação com o clube, inclusive, o fez ir às lágrimas e pedir desculpas, quando, perto de se aposentar dos gramados, marcou o gol de honra do Madureira, sua equipe na época, na goleada de 5 a 1 sofrida para o time do coração.

O mundo da bola perdeu a genialidade de Telê Santana em 21 de abril de 2006. Aos 74 anos, um dos grandes personagens do esporte brasileiro morreu vítima de falência múltipla de órgãos, em Belo Horizonte.

Textos: Flu-Memória
Fotos: Flu-Memória - Arquivo