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O Fluminense ainda tem dois jogos antes do fim do Campeonato Brasileiro e o técnico Abel Braga quer força máxima do time para somar seis pontos na competição. Após atividade tática do grupo na manhã desta sexta-feira no CTPA, o treinador falou sobre sua conversa com o presidente Pedro Abad, que definirá sua permanência no comando tricolor.

“Não é só o objetivo de ganhar, de ser campeão. Tenho o objetivo, até por gratidão a esse clube, de colocar meu nome como o segundo treinador que mais treinou o clube. Em um clube centenário é um negócio fantástico. Espero completar esse número, para mim, seria incrível. O que passa pela minha cabeça é que quero cumprir o meu contrato, nuca rompi um contrato a não ser quando fui demitido, o que foram poucas vezes. Não vou fazer nenhum tipo de exigência, estou em um clube que gosto, com contrato em vigor, na minha cidade, mas quero saber exatamente o que vai acontecer ano que vem”, declarou Abel.

Ele comentou também sobre o que pretende abordar na reunião com Abad. “Minha relação com o presidente é muitíssimo boa, vou colocar algumas ideias que tenho e escutar aquilo que poderá ou não ser feito. Entrei sabendo como seria esse ano, mas não dava para imaginar a dimensão e proporção que as dificuldades viriam no ano. Sou um funcionário do clube, gosto do clube, tenho contrato em vigor que espero cumpri-lo. Vamos sentar e conversar, ele é extremamente verdadeiro e vai colocar como as coisas realmente vão ser em 2018”, explicou. Para Abel, a palavra-chave de 2017 foi superação e ele espera um ano melhor para o Flu.

“Nesse ano de dificuldades, tivemos muita ajuda da comissão técnica, do executivo, dos funcionários, da fisioterapia, médicos, logística, não podemos reclamar, porque estivemos sempre juntos. Por isso, não acredito que aquilo que vou escutar vai desanimar. Já pensei até em varias coisas, na maneira de jogar, ano que vem se eu continuar, teremos novidades. É uma coisa que venho pensando há algum tempo, amadurecendo e para que isso ocorra, é necessário que uma ou duas ideias minhas sejam realizadas”, disse o técnico.

Sobre os principais dificuldades do ano, o treinador lembrou das perdas por lesão, o que atrapalhou o desempenho do time. “Ninguém viveu o que nós vivemos, nem no Rio nem no Brasil, você não costuma ver times com quatro ou cinco garotos numa equipe, nós chegamos a ter oito em um jogo. Os jogadores passaram por dez cirurgias, seis por ligamento cruzado, teve também a situação do Douglas que, ainda bem, está recuperado, a contusão de 80 dias do Scarpa. Então, com tudo isso, fizemos o possível que se dava para realizar”, frisou.

Mesmo sem o acerto final com a direção, Abel já projeta 2018 no comando do time. “Temos que começar desde agora a planejar no próximo ano. Tudo tem que se encaixar, hoje eu tenho exatamente o perfil do meu grupo, muito bom de trabalho, mas falta alguma coisa para aquilo que eu pretendo implantar ano que vem. As equipes já estão se movimentando em contratações. O tempo vai ser curto porque os campeonatos começam antecipados, nós vamos chegar dos Estados Unidos e já teremos clássico contra o Botafogo. Então, temos que correr para ter mais ou menos 80% do grupo formado”.

Na reta final do Campeonato Brasileiro, o Fluminense entra em campo neste sábado, às 17h no Maracanã, contra o Sport pela 37ª rodada. Abel espera um bom desempenho do time para somar pontos. “Vamos procurar fazer nosso melhor nos dois jogos que faltam, até porque existem candidatos inseridos diretamente no nosso resultado. Fizemos um trabalho de posicionamento mais tático e vamos tentar a melhor colocação possível com esses dois jogos finais, por isso, nós vamos fortes para esses jogos. A equipe só vai um pouco mais leve, sem peso. Mas, para mim, vamos com mais responsabilidade”, concluiu o treinador.

Texto: Comunicação/ FFC
Fotos: Nelson Perez/ FFC