Fluminense e Red Bull Bragantino entraram em campo neste domingo (02/07), no Estádio Luso Brasileiro, para disputar o primeiro jogo da final do Brasileiro Feminino A2. Antes de a bola rolar, a meia Kelly, do Flu, e a treinadora Rosana Augusto, do time paulista, receberam uma homenagem do Tricolor pela contribuição com o futebol feminino e pela história na Seleção Brasileira.



Alice Duarte, primeira atleta da base tricolor, foi quem entregou a homenagem, representando a renovação da modalidade e um vislumbre do futuro.

"Sinto uma gratidão imensa. Receber essa homenagem, ainda mais das mãos da Alice, significa muito. Faz a gente olhar para trás e ver que tudo valeu a pena", disse Kelly, com a placa em mãos.

Hoje treinadora, Rosana, assim como Kelly, também atuava no meio de campo. As duas jogaram juntas pela Seleção e viveram um momento muito distinto do atual na modalidade, com muito menos suporte e recursos. Se hoje, por exemplo, a Seleção possui um uniforme exclusivo para o Mundial, na época usavam as sobras do time masculino.

"Batalhamos muito lá atrás e tivemos ainda as pioneiras, que abriram esse caminho para nós. Agora a modalidade está colhendo os frutos de toda essa nossa luta", completou Rosana.

Além da homenagem antes do jogo, a capitã Gislaine ostentou uma braçadeira especial durante a final. Com a hashtag "pela primeira estrela", o Tricolor mostrou seu apoio à Seleção antes da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, que começa no dia 20 de julho. A mensagem faz parte de uma campanha da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para apoiar o time rumo ao primeiro título mundial.



"É uma honra muito grande levar essa braçadeira comigo, ainda mais nesse ano tão importante pro futebol feminino e com esse recado de apoio para as meninas que viajaram. Estamos juntas na torcida pela primeira estrela da nossa seleção", disse a zagueira tricolor.

Sobre Kelly e Rosana

Kelly chegou ao Flu em 2019 e está no clube desde o início do projeto do futebol feminino, sendo hoje uma das lideranças da equipe. Além do tempo de casa, conta também sua experiência em campo.

Em 2001, aos 16 anos, enquanto atuava pelo Duque de Caxias, teve sua primeira convocação para a seleção sub-19, que a levou para dois torneios Sul-Americanos e dois Mundiais pela categoria. Em seguida, veio a oportunidade na seleção principal, e disputou a Copa do Mundo de 2003, além de ter sido medalhista de ouro no Pan-Americano da República Dominicana no mesmo ano e de prata em Atenas 2004.

Rosana é treinadora do Red Bull Bragantino desde 2022 e, antes, comandou o Athletico Paranaense em sua primeira experiência depois de pendurar as chuteiras. Enquanto atleta, passou por diversos times e fez sua última temporada em 2020, pelo Palmeiras. A paulista é multicampeã pelos clubes que passou, conquistando o Brasileirão, a Libertadores da América e o Mundial de Clubes, a Liga dos Campeões, a liga norte-americana (NWSL) e outros.

Com a amarelinha, participou de quatro Copas do Mundo, sendo vice-campeã em 2007, três Pan-Americano, sendo medalhista de ouro em 2003 e 2007. Participou ainda de quatro Jogos Olímpicos, sendo medalhista de prata em 2004.

Texto: Comunicação FFC
Fotos: Marina Garcia/FFC

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