Nesta quarta-feira, o Boteco Brahma Tricolor recebeu o jornalista Victor Canedo. Ao lado de Alexandre Araújo e Toni Platão, ele reforçou o esquenta para Fluminense x Santa Fe.  "Já sonhava com o convite. Aí, o BID liberou. Assinei, vim e vesti a camisa. Foi demais. Sensacional. Chamem, que eu volto. A resenha é boa".

Em sua estreia no programa da FluTV, o convidado deu sorte e acompanhou o triunfo do Time de Guerreiros, de virada, por 2 a 1, no Maracanã. "Estou confiante. Temos que estar, logicamente. Desde a arrancada no Brasileiro passado. O elenco melhorou e, aos poucos, vem jogando melhor. Tem opções no banco de reservas que entram e dão conta do recado. Temos que acreditar".

O resultado no jogo válido pela 4ª rodada da Libertadores deu ao Tricolor a liderança isolada do grupo D da competição, com 8 pontos. Ao analisar o desempenho da equipe em 2021, Canedo elogiou Roger Machado.

"Estou gostando do trabalho. Não somente pelos números em si. É óbvio que é só o início. Não houve pré-temporada. Tem sempre que levar isso em consideração. As pessoas acham que, depois que chega alguém novo, no segundo jogo, o time tem que ter a cara do técnico, jogar bem e ganhar. Não é assim. É um trabalho de paciência. Até que me provem o contrário, eu tenho mais motivos para acreditar do que duvidar".

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Além disso, o jornalista destacou a identificação do treinador com o clube. "Tem história aqui. É impossível olhar para ele e não lembrar do gol do título da Copa do Brasil de 2007. Estou fechado com o Roger".

Garçom de Fred no gol de empate contra o Santa Fe, o jovem Kayky, revelado em Xerém, rendeu discussão sobre o desenvolvimento das categorias de base no Brasil. "É óbvio que o jogador, hoje em dia, com videogame, joga com Liverpool, Chelsea… Ele quer estar lá. Mas podemos ampliar seu período aqui para usufruir mais. Em vez de perder o moleque com 18, 19 anos, perdê-lo com 21, 22. É claro que, em alguns casos, vai precisar vender logo, por uma proposta irrecusável. Em outros casos, pode segurar o moleque. Ele estoura, e o clube ganha mais dinheiro lá na frente. Além do ganho técnico. Talvez seja o principal. Até porque não se faz base só pelo retorno financeiro. Também é preciso criar uma identidade com seus jogadores, como temos com Thiago Silva e Marcelo. É legal olhar a Champions League ou a Seleção Olímpica e ver revelações do Fluminense".

Victor Canedo ainda reconheceu a importância da experiência em um grupo repleto de garotos e usou Fred, seu ídolo no Flu, como referência para os Moleques de Xerém. "Tenho certeza de que o Fred ajuda a colocar na cabeça dos moleques que se deve ficar, subir para os profissionais, fazer seu nome no clube. Ele é um cara que hoje usufrui de uma idolatria totalmente merecida. É importante ter do nosso lado jogadores experientes fazendo este papel".

Depois de quase 13 anos na Globo, o jornalista decidiu se dedicar à produção de conteúdo para a internet. Ele vincula ao Fluminense o surgimento de sua paixão pelo futebol, o que direcionou, especialmente, sua vida profissional: "Venho de uma família Tricolor, principalmente pelo meu irmão e padrinho Vinicius. Meu pai era América e, depois, virou Tricolor, passou a frequentar os estádios conosco. É legal. Eu agradeço, dou graças a Deus. Não teria trabalhado com Futebol se não fosse aquilo. Foi o Fluminense a primeira chama".

Texto: Flu-Memória
Foto: Reprodução FluTV