O desejo de ser um entre milhares de tricolores a celebrar a carreira de Fred no dia 9 de julho, quando o centroavante se despede dos gramados, inspirou Lucas Braga, de 29 anos, a promover uma campanha em busca da realização do sonho de ir pela primeira vez ao Maracanã. Instrutor de FitDance, o torcedor ministrou um "aulão" no sábado (02/07), em Salvador (BA), mobilizando dezenas de pessoas, entre alunas, colegas e desconhecidos, para ajudar a bancar a viagem de avião ao Rio de Janeiro. Ele arrecadou cerca de R$ 800.

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"Fazia tempo que eu vinha pensando em alguma forma de viabilizar a ida ao jogo de despedida do Fred. Naquele momento, não tinha condição de bancar a viagem. Acabei desanimando, mas levantei a possibilidade de voltar a tentar, se a galera abraçasse a ideia. Tudo começou com a ajuda de alguns amigos. Depois, convidei minhas alunas, que sabem do meu amor pelo Fluminense, para um 'aulão' de FitDance. Elas adoraram. No dia, vestiram minhas camisas do clube e colaboraram com um valor maior do que o normal. Bastante gente, inclusive do Rio, se mobilizou e contribuiu. Ali eu vi como as pessoas quiseram fazer acontecer. Para mim, é o que importa", conta.

Além de circular pela capital baiana vestido de verde, branco e grená, Lucas exerce mais uma maneira de driblar a distância e se conectar ao clube do coração: ser sócio. Cadastrado no plano Guerreiro Off-Rio, ele ganhou uma camisa oficial autografada por Fred através de um sorteio realizado pelo programa de Sócio-Futebol.

"Ao descobrir o resultado, anunciado pelo próprio Fred, fiquei extremamente em choque, tremendo. Eu chorei, acordei a casa e vi meus amigos felizes por esse momento. Todo mundo sabia o quanto era importante para mim. Assim que pude, virei sócio para me sentir parte do clube. É uma das formas de representá-lo. Quando se ama, se apoia", destaca.

O belo presente despertou em Lucas a vontade de comparecer ao confronto diante do Ceará, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Fã de Fred, ele conta que nunca soube explicar a origem do amor pelo Fluminense. Por outro lado, aponta o que, em sua opinião, transformou o jogador em um dos maiores personagens da história tricolor.

"Meu carinho pelo Fred vem simplesmente de sua trajetória no clube. Lá em 2009, ele ganhou meu coração. Vê-lo jogar faz meus olhos brilharem. É grande minha admiração por sua personalidade e pelo ícone que é. A forma como ele trata a torcida, com reconhecimento, mandando força e energia aos torcedores, chama atenção. Vou ao jogo contra o Ceará motivado pelo amor ao Fluminense e ao Fred. Ele, um dia, vai dar nome ao meu filho", revela.

Sem frequentar estádios desde o início da pandemia da Covid-19, Lucas dará fim à saudade em grande estilo. No entanto, ao relembrar a emoção provocada pelo gol de número 199 de Fred pelo Time de Guerreiros, o torcedor se rende à expectativa de um dia que ficará eternizado em sua memória.

"Eu não faço a mínima ideia do que esperar. Chorei no jogo contra o Corinthians e passei o dia seguinte em êxtase. Realmente não sei como lidar com as emoções. Só consigo pensar que vai ser a última vez. Ansiedade a milhão para conhecer o maior palco do futebol mundial, ainda mais com a festa da nossa torcida, em uma ocasião tão especial. Será provavelmente o dia mais feliz da minha vida".

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Arquivo Pessoal /// Mailson Santana/FFC