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O Fluminense recebeu as finais da 1ª Copa Nacional de Futebol Quilombola, torneio organizado pelo Ministério da Igualdade Racial em parceria com o Ministério do Esporte, no Estádio das Laranjeiras, neste domingo (15/12). O evento contou com a presença da Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que assistiu aos confrontos e participou da cerimônia de premiação da competição.

Apoiado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), o campeonato reuniu cerca de 730 atletas de comunidades quilombolas de 16 estados brasileiros. A ministra Anielle Franco falou sobre a importância da realização do torneio e da utilização do esporte como ferramenta de transformação da vida das pessoas.

“Eu sou suspeita para falar de esporte. Desde adolescente, eu falo sobre como o esporte mudou a minha vida e muda até hoje em vários quesitos. Poder proporcionar e conseguir chegar em vários lugares que as pessoas jamais imaginariam estar, visitando o Rio de Janeiro, o Fluminense, participando de um campeonato como esse, faz valer a pena. Um passo que a gente dá para mudar minimamente a vida de alguém ou de um lugar, faz com que a gente se encha de certeza que estamos no caminho certo. A luta não é fácil quando a gente quer inspirar pelo esporte. Que bom que conseguimos fazer isso aqui, que bom que o Fluminense abriu as portas. Ações como essa fazem com que as pessoas sigam sonhando”, disse a ministra.

Acompanhada de seu pai, o tricolor Antônio Francisco da Silva, Anielle visitou o Museu Fluminense FC e foi presenteada com camisas, livros e outros produtos do Tricolor. No espaço dedicado à memória tricolor, a ministra conheceu as conquistas esportivas e aspectos sociais da história do clube, como o pó de arroz e o simbolismo de Chico Guanabara.

“É uma honra imensurável estar aqui. Eu cresci vendo meu pai torcer, chorar, sorrir, mas, muito além disso, eu vi meu pai incentivar a gente pelo esporte. Eu não conhecia a história de Chico Guanabara, mas sabia sobre o pó de arroz. Meu pai já tinha contado sobre a história muitas vezes em casa, sabíamos da fake news. Fiquei muito feliz de conhecer o Museu, a Sala dos Troféus mexeu comigo. Que bom que ele estava ao meu lado. Vir de uma família que sempre nos letrou, não só politicamente, mas também sobre a importância do esporte, do estudo, é incrível. O trabalho do clube é um grande exemplo a ser seguido sobre a valorização da memória. Eu sempre digo que um país que não tem memória comete os mesmos erros. Um clube do porte do Fluminense, com toda a história que tem, ter uma sala como aquela (espaço que conta capítulos sociais da história tricolor) é incrível”, declarou.




O Estádio de Laranjeiras foi palco das finais das categorias feminina e masculina. Entre as mulheres, o Quilombo São Pedro, do Amazonas, superou o Quilombo Serra Feia, da Paraíba. Pelo masculino, o Quilombo Kalunga Vão do Moleque, de Goiás, venceu o Quilombo Graúna, do Espírito Santo. Na cerimônia de premiação, as equipes finalistas receberam medalhas das mãos da ministra Anielle Franco.

Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Mailson Santana/FFC