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A convite do Fluminense, o estudante Thierry Muniz Soares, de 17 anos, participou do Match Day, recepcionou os jogadores e assistiu à partida entre Fluminense e Criciúma, nesta terça-feira (26/11), no Maracanã. O adolescente tricolor, que teve mochila com as cores e escudo do Fluminense roubada por um grupo de torcedores rivais momentos antes do Enem e, consequentemente, não conseguiu realizar a prova por ter ficado sem o documento original, foi ao estádio acompanhado por seu pai.

O episódio, que ocorreu no dia 3 de novembro, rodou os noticiários do país. A caminho de seu local de prova para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio, o estudante foi cercado e roubado por um grupo próximo ao Maracanã. A vítima teve a mochila com identificação do clube levada, enquanto o celular e uma quantia em dinheiro que estavam no bolso, não. Após o roubo, Thierry ligou para o pai, que levou cópia autenticada da identidade ao local de prova, porém o documento não foi aceito e o estudante não pôde realizá-la. Pouco tempo depois, um vídeo da mochila sendo queimada pelo grupo circulou na internet.

O Fluminense, então, o convidou para uma noite que ficará marcada em sua memória. Thierry chegou ao Maracanã horas antes da partida e conheceu o vestiário da equipe, acessou a zona mista, pisou nos arredores das quatro linhas e conheceu a sala de imprensa, além de ter recepcionado seus ídolos na chegada ao estádio. Antes de a bola rolar, o jovem ainda encontrou o ídolo tricolor Marcão, que o presenteou com uma camisa oficial e personalizada, e participou ao vivo do Boteco Tricolor, programa da FluTV, antes de receber ingressos para assistir ao confronto no Maracanã Mais.

“Fiquei muito feliz quando soube do convite do Fluminense. Conhecer o Maracanã por dentro e estar onde os jogadores ficam foi muito legal, porque o considero a minha segunda casa. Acho que esse tipo de experiência nos aproxima ainda mais do clube. O Fluminense é tudo para mim, inclusive uma grande conexão com o meu pai. Nossa família é apaixonada por esse clube e já vivemos muita coisa inesquecível neste estádio. Escolher a melhor parte é difícil, mas receber a camisa e todo o carinho do Marcão foi especial”, disse o estudante com um largo sorriso no rosto.

“A ficha de tudo que aconteceu caiu quando vimos o vídeo da mochila sendo queimada. É um vídeo horroroso que nos entristeceu ainda mais. Mas recebemos muito acolhimento de diversos lugares, como da torcida do Fluminense e do próprio clube, e isso foi uma surpresa muito legal. O Fluminense e o Maracanã estão em cada fase de nossas vidas”, completou o pai Luiz Pierre.

O momento se tornou ainda mais especial quando Thierry recebeu uma ligação inesperada. No dia anterior, o estudante, que fez um boletim de ocorrência e realizou a segunda prova do concurso, havia recebido a notícia de que seu recurso para participar da reaplicação da primeira prova havia sido negado. Todo ano o Ministério da Educação reserva data para alunos que não conseguiram comparecer por motivos previstos no edital. No entanto, enquanto vivia o seu amor pelo Fluminense, o jovem recebeu uma ligação com a notícia de que a situação foi reavaliada pelo INEP e ele poderá fazer a reaplicação da prova no dia 10 de dezembro.

“Acabei de receber uma ligação me dizendo que o caso foi reavaliado e poderei fazer a reaplicação. Estou muito feliz. É especial ter recebido essa notícia aqui no Maracanã em um momento especial pelo Fluminense. Estudei muito para isso e agora quero aproveitar essa oportunidade”, finalizou Thierry.

Texto: Comunicação/FFC

Fotos: Marina Garcia e Marcelo Gonçalves/FFC