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Depois do ótimo resultado obtido no Maracanã na noite desta quinta-feira pela Copa Sul-Americana, o técnico Abel Braga falou em entrevista coletiva após a goleada de 4 a 0 sobre a Universidad Católica do Equador. O treinador analisou o bom desempenho de sua equipe e projetou o confronto de volta em Quito, que vale vaga para a próxima fase da competição. Confira os principais pontos:

Vantagem
O Fluminense chega com uma vantagem boa para o jogo de volta, mas tem alguns pequenos conflitos de opinião. O normal da equipe deles é o segundo tempo. E, é claro, nós já tínhamos feito três gols e não se pode brincar, pois importante também é não sofrer. Tivemos um primeiro tempo fantástico, um bom jogo com uma vantagem legal para o próximo compromisso.

Quase perfeito
O desequilíbrio foi um primeiro tempo quase perfeito. Única coisa que se errou foi uma bola metida por dentro que nós erramos o passe. Nós estudamos muito a equipe deles, fizemos a diagonal certinha, Dourado puxando o zagueiro da área, Calazans e Richarlison, os laterais. Foi um primeiro tempo realmente acima do que estávamos fazendo até agora, muito bom. No segundo tempo, encontramos dificuldades, o adversário começou a se atirar porque um gol fora de casa dá uma vantagem, mas no geral, foi muito bom.

Adversário
Há tempos que não fazia um primeiro tempo como esse. Nesse ano, não fizemos. Foi quase perfeito, muito seguro, a não ser em dois lances que nós perdemos a bola e proporcionamos o contra-ataque. Nós vimos o real valor da equipe deles no segundo tempo, começaram a atacar o espaço. No primeiro tempo, achei eles muito presos, preocupados com marcação e custou caro. No segundo, saíram mais para o jogo e nós fizemos um gol fantástico com o Wendel. É nesse segundo tempo que nós vamos nos basear para o jogo de volta.

Tática
Alguns jogadores hoje, taticamente, deram um banho. Scarpa, Richarlison, principalmente esses dois e o Calazans, porque desmontaram tudo aquilo que o adversário poderia fazer. Nós treinamos dois dias a parte tática, procurando sufocar. O que houve de surpresa foi que eles vieram de uma maneira que não usam normalmente o Caicedo, junto com outro atacante, colocando ele pelo lado para acompanhar lateral. Nisso, senti dificuldade.

Posicionamento
O que facilitou realmente foi o posicionamento do Richarlison. Troquei ele de lado com sete minutos, botei no lado direito e na primeira saída do Lucas, vi que o Caicedo não acompanhou. Pedi atenção na cobertura e começamos a criar oportunidades.

Time ofensivo
Não posso mudar minha filosofia de jogo. A característica dos jogadores que eu tenho ajudam nesse aspecto, nenhuma equipe tem tantos jogadores de velocidade como eu tenho. Calazans, Wellington, Richarlison, Lucas Fernandes, Maranhão, Marco Júnior. Agora encaixou, a gente não tem aquele primeiro volante "brucutu", que quer jogar. E isso ajuda, porque quando essa bola sai bem trabalhada de trás e chega no pé do jogador com a categoria do Scarpa, dá esse complemento que é muito bom.

Lesões
O Dourado já vem algum tempo dando sinais do que ia acontecer, já havia falado com ele, prefiro perder o jogador em um jogo do que perder para quatro ou cinco. Não tem grupo para isso. O Wendel foi pancada no joelho no mesmo local da contusão e o Henrique ainda não sei o que aconteceu. Henrique é fominha, não fica fora de treino, não fica fora de jogo, para ele, está sempre muito bom, mas não posso dar a condição dele ainda.

Luquinhas
Coloquei porque vem treinando bem, não tinha nenhum primeiro volante no banco, ele faz o segundo e terceiro homem bem em campo. Eles vieram com três atacantes e nós estávamos jogando em casa. Inclusive conversei com o Pedro que se tivesse um jogo complicado, ele entraria com o Dourado. Pior que ele sentiu a coxa, mal entrou e já vai ficar fora por um tempo.

Texto: Comunicação/ FFC
Foto: Lucas Merçon/ FFC