O técnico Abel Braga não saiu satisfeito com o empate em 1 a 1 contra o Cruzeiro nesta quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. Para o treinador, o Fluminense fez um bom segundo tempo, com grandes oportunidades criadas, e foi superior ao adversário.

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RESULTADO
No primeiro tempo não conseguimos encaixar bem e eles foram superiores, mas no segundo, fomos melhores e eles tiveram que correr atrás da gente. Acho que pelo segundo tempo, merecíamos um resultado melhor. Mas é o Cruzeiro, então não saí chateado, não foi possível vencer, até porque do outro lado tinha um senhor time e o resultado estava dentro da previsão. A gente conseguir uma vitória hoje seria ótimo, jogamos bem e merecíamos ganhar. Domingo tem que ir acima do limite.

ADVERSÁRIO
O sentimento é de satisfação, pois jogamos contra uma equipe extremamente difícil, que tem uma movimentação muito grande. Tem hoje em atividade um dos maiores jogadores do país que é o Thiago Neves, que está em um momento muito bom, de rotatividade grande dentro do campo.

INTERESSE DO ATLÉTICO-MG
Vou continuar com meu trabalho aqui. Lamento a saída do colega, o Atlético é um grande clube, com grande time e jogadores, vão procurar o melhor, mas eu não estou disponível no mercado. É mais um colega que deixa o clube no meio do caminho, quartas de final da Copa do Brasil, Libertadores com possibilidade de passar. É um grande clube, trabalhei lá em 2001, também tinha subido 14 ou 15 jovens, não se tinha dinheiro e depois, não houve mais oportunidade de voltar. Também tive proposta de clube grande de São Paulo em momentos que não tinha como romper contrato, uma vez estava nos Emirados Árabes, em outra, no Inter. Mas se realmente houve o interesse, me enche de orgulho.

OBJETIVOS
Antes do jogo contra o Coritiba, disse para o time que tínhamos que fazer sete pontos nesses três jogos. Já foram quatro e agora, temos que fazer de tudo para ganhar domingo. O Corinthians é um grande time, bem treinado, mas não apavora. Vamos ver como será domingo, depois temos outra pedreira, viagem longa, altitude. O importante é estar preparado, vamos brigar pelos 3 pontos domingo.

BASE
A gente procura formar, eu falo para eles que sou grato. O trato é assim, na hora do profissionalismo tem que ser 100%, se for 90, para mim não vai servir. São garotos que sonham com o estrelato, são seres humanos. O jovem tem que ter sonho e eu quero ajudá-los a, pelo menos, chegar perto do que eles sonharam de uma maneira mais fácil, mais correta, mais simples de ajudar a família. No fundo o que eles querem é ajudar o pai e a mãe, isso é muito legal, é simples assim. Tem a hora da brincadeira e tem a hora da liberdade.

TIME JOVEM
Queria falar que dos 20 jogadores que vieram para o jogo, 16 eram da base. Se pegar meu time titular e somar o salário, vai ficar bem inferior a dois jogadores de cada grande clube do Brasil. Eu passo para os meus jogadores que são time de garotos e não os considero time de moleques. Sinto orgulhoso desse time jovem, 16 serem de Xerém é um feito, mas não é feito do Abel, é feito do clube e desses 16 que tem capacidade de estar aí.

VAIAS
Conversei com o mano depois do jogo e sobre algumas vaias e ele perguntou o motivo. Também não consigo entender, não empatamos com um time qualquer, empatamos com o Cruzeiro. Um futebol super bem jogado, jogo pegado tecnicamente, sem retranca, todo mundo procurando ocupar o espaço, então, não entendi.

COBRANÇAS
O torcedor tem que ter mais paciência e precisa entender a maneira que o Flu foi entregue em janeiro. O presidente do clube e os antigos presidentes são tricolores e querem ver grandes times. O Fluminense hoje trabalha para amanhã estar forte, trabalha para não voltar mais à outra divisão, então, tem que dar crédito.

REFORÇOS
Vão vir dois ou três jogadores, mas são apostas. A aposta no Marlon é minha, se der errado, não é culpa do presidente, é minha. Vai vir outro jogador que a aposta é minha, vai chegar, mas não pensem que vai chegar e resolver. Tem que ser melhor que os meus que estão em campo.

SCARPA
Queria que os meus jogadores tivessem a qualidade do Scarpa, ele é um jogador que se doa. No primeiro tempo teve uma função e a melhora no segundo se deve ao posicionamento em campo. No final do jogo teve uma oportunidade que foi para fora, mas não tem problema.

DOURADO
Não sentiu, não tem estiramento, ele foi teimoso, pois não era para ter jogado contra o Bahia e jogou. Agravou um pouquinho, é púbis e é mais o reforço de adutores e repouso. É o que ele está fazendo, muito reforço.

RICHARLISON
Interesse no atleta é normal, é um atacante com essa agressividade, marcando gol em todo jogo, que joga para a equipe. O mais importante de tudo é que o Richarlison, hoje, tem outra cabeça. Vai ter um momento certo em que ele vai sair, mas enquanto não for, vai continuar fazendo isso para nós, nos ajudando a conseguir bons resultados.

Texto: Comunicação/ FFC
Foto: Lucas Merçon/ FFC